quinta-feira, 1 de julho de 2010

Anatel prorroga até 21 de julho a consulta sobre o DDD 10



Por Luís Osvaldo Grossmann

A Anatel prorrogou, por mais 20 dias, o prazo de envio de contribuições para a consulta pública sobre o novo código nacional para São Paulo, o DDD 10, a ser implantado na mesma região do DDD 11. O adiamento da consulta foi um dos pedidos apresentados pelas operadoras durante audiência sobre o tema, realizada na quarta-feira, 30/6. A nova data já consta do sistema de consultas existente na página da agência na internet.

A principal crítica das empresas está na proposta de as ligações entre os DDDs 10 e 11 exigirem a discagem de onze dígitos – 0 + 10 ou 11 + número – enquanto aquelas dentro do mesmo código precisarão somente dos oito dígitos tradicionais. As operadoras argumentaram que isso exigirá adaptações adicionais nas redes e, ainda assim, permanecerá o risco de erros de completamento de chamadas.

A criação do DDD 10 foi uma das soluções apresentadas para a ampliação dos números disponíveis para a região da grande São Paulo. Na avaliação da Anatel e das empresas, a mudança é urgente porque a área do código 11 já conta com mais de 25 milhões de usuários do Serviço Móvel Pessoal, sendo que a disponibilidade efetiva, com os oito dígitos, é de 37 milhões.

Dado o ritmo de vendas de celulares, a previsão é de que os números disponíveis se esgotem até ou pouco depois do Natal – principal data de vendas para o comércio em geral, assim como para as teles. Durante a audiência pública, a previsão de algumas empresas é de que os números sejam suficientes, no máximo, até a virada do ano.

Apesar das reclamações sobre problemas que devem surgir com a criação do DDD sobreposto à área 11 – em especial, teme-se cobranças indevidas e chamadas completadas erradamente – as operadoras móveis defendem a proposta por ser a de mais rápida implementação.

Uma alternativa seria antecipar o que a Anatel prevê para 2015 – a inclusão de um nono dígito em todos os telefones do país. A própria análise da agência entende que a adoção dessa solução seria mais simples, uma vez que o país já passou por isso antes. No entanto, seria mais cara. A inclusão do nono dígito custaria pouco mais de R$ 304,4 milhões, enquanto o novo código nacional tem custo projetado de R$ 151 milhões.

O preço, no entanto, é o menor dos dilemas nessa questão. Para as operadoras móveis, o tempo urge. Com o esgotamento dos números no maior mercado consumidor do país, não haveria o que ser vendido. Segundo algumas empresas, a inclusão do nono dígito exigiria cerca de 18 meses para a adaptação das redes em todo o país.








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